A Micropaleontologia é uma especialização dentro da Paleontologia que estuda os microfósseis , que são fósseis de organismos unicelulares ou multicelulares muito pequenos ou ainda, partes microscópicas de organismos maiores que necessitam de magnificação, ou seja aumento, para seu estudo (≈ 0,001mm até 1cm). A magnificação pode ser obtida através de lupas, microscópios ópticos e microscópicos eletrônicos.
Microfósseis
A designação microfóssil é aplicada a fósseis de organismos que, no seu estado adulto, têm menos 1-2 mm de dimensção máxima ou a partes isoladas(dentes, ossículos, carapaças, etc.) de organismos maiores.
Contudo, alguns fósseis com dimensções maiores (4 ou 5 mm) também recebem esta designação, e são estudados na Micropalentologia com o auxílio de microscópios ou lupas.
Principais tipos de microfósseis
Dada à constituição química dos diferentes grupos de microfósseis, técnicas de preparação diferentes são utilizadas no seu estudo e frequentemente agrupam os especialistas.
Microfósseis carbonáticos:
carapaças de foraminíferos (organismo unicelular), valvas de ostracodes
(organismo multicelular), espículas de esponjas calcárias (organismo
multicelular), cocolitoforídeos (algas unicelulares), etc.
Microfósseis fosfáticos:
elementos conodontes (dentículos 0,2 a 6mm constituídos de fluorapatita
carbonática), pequeníssimos dentes de peixes, roedores, etc.
Microfósseis silicosos: radiolários (organismo unicelular),
frústulas de diatomáceas (algas unicelulares), espículas de esponjas
silicosas, etc.
Microfósseis orgânicos:
quitinozoários, pólen, esporos,
cutículas vegetais, cistos de
dinoflagelados, escolecodontes (estruturas do aparelho bucal de
poliquetos), etc. Os especialistas neste grupo de microfósseis estão
chamados palinólogos e compõem uma grande área de estudos chamada
Palinologia.
Importância da Micropaleontologia e dos Microfósseis
Como os fósseis são restos ou
vestígios de organismos do passado, que surgiram e se extinguiram em
momentos definidos da história da Terra, é possível fazer a datação
relativa das rochas em que ocorrem, e estabelecer correlações (isto é
correlações cronológicas temporais) entre rochas de locais distantes
que apresentem o mesmo conteúdo fossilífero. O estudo dos fósseis e a
sua utilização como indicadores de idade das rochas são
imprescindíveis, por exemplo, para a prospecção e exploração de
recursos minerais tais como o carvão e o petróleo.
Devido
à pequena dimensão, grande abundância e ampla distribuição geográfica
(especialmente no caso de microfósseis de organismos planctônicos
marinhos), os microfósseis são considerados especialmente úteis como
marcadores bioestratigráficos, ou seja, como elementos de datação das
sequências rochosas.